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popeye9700

Crónicas e artigos de opinião, a maior parte publicada no Diário Insular, de Angra do Heroísmo.

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Crónicas e artigos de opinião, a maior parte publicada no Diário Insular, de Angra do Heroísmo.

BAGA PORTA-AVIÕES AO FUNDO (BB87)

Novembro 19, 2019

Tarcísio Pacheco

Terceira.jpg

imagem em: https://discoverportugal2day.com/ilha-terceira/

BAGAS DE BELADONA (87)

HELIODORO TARCÍSIO

 BAGA RETIFICATIVA – Meti uns mililitros de água na minha Baga anterior, sobre o Angra Sound Bay. Portanto, aqui fica uma retificação da informação incorreta, com um público pedido de desculpas aos afetados. O João Pedro Leonardo adotou o nome artístico de João da Ilha (e não das Ilhas) e ganhou o prémio de Melhor Original, com letra e música da sua autoria. O prémio de Melhor Letra foi entregue a Miguel Nicolau, um desconhecido para mim, a quem deixo felicitações.

BAGA PORTA AVIÕES AO FUNDO – Nestas páginas, já me assumi várias vezes como uma pessoa que ideologicamente se inscreve na área da esquerda democrática, mas que, há muitos anos, decidiu deixar de votar em partidos políticos, única opção possível, não contando com a mascarada dos “independentes” que, ainda assim, são apresentados ao eleitorado numa lista partidária. Haverá outras formas possíveis de viver em democracia, implicando um serviço público sem interesses materiais. Tenho consciência de que isto é utópico porque a esmagadora maioria das pessoas se move por interesses próprios, senão materiais, diretos ou indiretos, então por paixão pela autoridade, pelo reconhecimento social e pela fútil vaidade, entre outros fatores. São traços fortes na raça humana.
Nos Açores, só os néscios ou os muito ignorantes podem não perceber, negar ou ignorar a medonha concentração de poder, estruturas e meios de todos os tipos em S. Miguel e a clara subalternização da Terceira e, por tabela, de todas as outras ilhas. Não me movem interesses partidários, não sou inimigo de ninguém do atual governo e gosto das ilhas todas, incluindo S. Miguel, uma ilha belíssima, cheia de gente fixe, onde passo férias com frequência. Porém, em minha opinião, todos os terceirenses, exceto os que são cúmplices e coniventes com a situação atual, têm razões para se absterem maciçamente em eleições regionais. Apenas a conivência com a situação, a ignorância, o desinteresse e a apatia, podem justificar outra opção. E seria uma tontice, neste contexto, votar em qualquer outra força política pois acredito que todos os partidos, especialmente os do “arco do poder” agiriam de forma semelhante. Todos se regem pela lógica fria dos números e por critérios de base económica. É a morte do Humanismo face ao paradigma capitalista: tudo se reduz à acumulação de riqueza e à competição para conseguir… acumular mais riqueza.

Há vários assuntos de extrema importância para os terceirenses que documentam estas afirmações. À cabeça, com claras responsabilidades também para o governo da República, a tenebrosa questão da contaminação ambiental da ilha pelas Forças Armadas dos EUA, situação que está muito longe de ser resolvida. Depois, vem a questão da certificação civil do aeroporto das Lajes, propositadamente gerida de forma medíocre e incapaz, que se define quase como uma vigarice, um fingimento, um faz de conta, para enganar as poucas pessoas que se preocupam com o futuro da sua ilha. A Força Aérea Portuguesa também tem aqui pesadas responsabilidades pois privilegia sobretudo os interesses militares. Em seguida, vem a óbvia e despudorada concentração de serviços e estruturas em S. Miguel, no aeroporto de Ponta Delgada, no porto e marina, no transporte aéreo de passageiros, no transporte marítimo de passageiros e carga, no armazenamento e distribuição de correspondência postal e nos serviços alfandegários. Até o Bispo que, pessoalmente, não me faz falta nenhuma, já ensaiaram de levar para lá, tendo havido quem sugerisse num passado recente a criação de uma segunda diocese a Oriente.

As restantes oito ilhas açorianas incomodam muito o governo micaelense… reconheço que é bastante mais difícil governar por uma perspetiva equilibrada de verdadeira unidade e coesão regional. Porém, só governa quem quer. E quanto ao povo micaelense, salvo uma ou outra exceção, ninguém quer saber. Ainda em agosto passado, um micaelense que classifico como pessoa de bom caráter e que não é ignorante, exprimiu na minha frente a seguinte opinião: “Que tolice é querer ter um aeroporto e um bom porto em cada ilha, não há dinheiro para isso tudo, são só 9 ilhas, basta ter um bom aeroporto…”. Ou seja, concordância total com a atual política governamental. E a maioria deles pensa assim.

Tenham santa paciência, mas não acredito que uma realidade arquipelágica com 9 ilhas possa ser governada com base no número de habitantes da ilha maior e no resultado de eleições em que participa um número cada vez menor de eleitores. O universo “ilha” tem de ser o foco e o estatuto autonómico dos Açores já não nos serve, foi bom por ser o primeiro, mas necessita de grandes mudanças. Lisboa e Açores só não é Madrid e Catalunha porque por aqui somos demasiado pacíficos, indiferentes, ignorantes e “acaçapados”. Isto não é um apelo à independência e muito menos à violência, mas é um apelo à justiça, à autodeterminação e ao direito a uma autonomia muito mais alargada. Com demasiada frequência, os interesses de Lisboa não são os nossos. E, portas adentro, os interesses de S. Miguel não são os das restantes ilhas.

A Terceira é, objetivamente, cada vez mais, uma espécie de porta-aviões dos EUA, que esta superpotência usa à borla e ativa ou desdenha maliciosamente, de acordo com os seus interesses militares. Trump não conseguiu comprar a Gronelândia, riram-se-lhe na cara balofa, mas tem bastante sucesso no aluguer vitalício, a custo zero ou simbólico, de uma ilha portuguesa no meio do Atlântico Norte.

Mas sabem que mais? Se o povo é soberano, então só é assim porque nós permitimos. Então, que continue a passar a Banda. popeye9700@yahoo.com

 

 

BAGAS DE BELADONA (86) - ANGRA SOUND BAY

Novembro 12, 2019

Tarcísio Pacheco

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imagem em: https://www.viralagenda.com/pt/events/794772/2-audicao-angra-sound-bay-2019

 

BAGAS DE BELADONA (86)

 

HELIODORO TARCÍSIO

 

BAGA ANGRA SOUND BAY 2 – Concluída a 2.ª edição do Angra Sound Bay, ficámos a saber que há boa música original com epicentro na ilha Terceira e estão todos de parabéns, entidades organizadoras, participantes e público que este ano, ao contrário de outros, foi à Praça Velha, aproveitando também uma excelente noite de S. Martinho. Este texto comenta as audições do concurso, nomeadamente a 2.ª audição, no Havana, onde estive presente, referindo-se a oito dos dez projetos concorrentes, omitindo-se, com as minhas desculpas,  dois dos projetos que se apresentaram na 1.ª audição, por não ter elementos suficientes para análise.

JOÃO DAS ILHAS – Um músico talentoso e um valor seguro, em boa hora regressado ás origens, com uma belíssima voz e uma produção própria muito interessante e com identidade, mas capaz de alternar entre ritmos bastante diferentes, conforme nos mostrou com o seu tema de sabor “regional”. Terá ainda muito para nos dar, ao longo da sua carreira. Foi um dos quatro finalistas apurados, ganhou o prémio da Melhor Composição (com um tema excelente) e ainda arrecadou o prémio da Melhor Letra, com um texto que não é da sua autoria.

ROBERTO “CARRO DE PRAÇA” – Uma presença alternativa, de pendor humorístico, para enriquecer a noite no Havana, aproveitando o enorme talento  do Patrício Vieira nesta área. O púbico divertiu-se imenso, fartámo-nos de rir. Musicalmente, não era para levar a sério nem creio que fosse essa a intenção. Pessoalmente, penso que o Patrício podia apresentar este número em espetáculos do tipo stand-up comedy ou outro, pelas ilhas fora. Há muita música no Patrício, mas há mais humor ainda.

BRUNO ROSA – O moço do Pico, a minha ilha favorita depois da Terceira, apresentou-se em palco com uma energia simpática e muito picarota, oferecendo-nos temas bonitos, com toadas simples, bastante ligados à nossa condição de ilhéus e a uma certa nostalgia insular e norte-atlântica. Poderia ter brilhado mais, mas havia estrelas maiores na noite...

HENRIQUE BULCÃO TRIO – Acompanhado por excelentes músicos, o Henrique entregou-se a uma apresentação que tinha tanto de canto como de declamação. Com efeito, é impossível não reparar na qualidade dos poemas do Henrique, que saiu ao pai, neste campo. Assim como é de notar a entrega e a emoção dele no palco. Foi um dos bons momentos da noite. Gostei particularmente da música em inglês porque tinha um belíssimo poema e resultou muito bem na voz grave do Henrique.

JOÃO FÉLIX – Sempre achei a produção musical do João Félix de grande qualidade e tive oportunidade de lhe dizer isso pessoalmente, no final de um seu concerto na esplanada da Central, há alguns anos. Quanto aos temas que apresentou neste concurso, inscrevem-se todos dentro da mesma linha melódica, muito dolente e melancólica. A qualidade das composições e da execução é indiscutível e seria muito difícil não o selecionar para a final no contexto em que concorreu. Contudo, de um ponto de vista meramente pessoal, esta sonoridade específica não me seduz. Foi um dos 4 finalistas apurados.

JOEL MOURA & NÉLIA MARTINS – Sempre senti admiração pelo Joel Moura, uma presença habitual no antigo Angra Rock e que ainda anda por aqui. Admiro a sua perseverança e resiliência, ao continuar a produzir música original, a que ele gosta e é capaz de fazer, independentemente de quaisquer críticas ou tentativas de desmotivação. É sempre de louvar. Em relação à Nélia Martins, na ilha todos conhecemos a potência e qualidade da sua belíssima voz. Quanto a esta parceria em particular, teriam beneficiado se tivessem tomado outras opções. Quando o projeto foi anunciado, no imediato pensei que o Joel compunha e tocava e a Nélia cantava, uma vez que as vozes não se podem comparar. Seria isso a fazer mais sentido, uma vez que o Joel é sobretudo compositor e músico e a Nélia é uma cantora. Fiquei surpreendido, pela negativa, ao ver a intervenção vocal da Nélia quase reduzida a uma espécie de back vocal ou sublinhados sonoros. Deste modo, a voz da Nélia não brilhou.

UZHOMS – Em qualquer show coletivo, não duvido que esta banda tenha de se apresentar em último lugar pois é inegável o clima de alegria e boa disposição que inspiram. Garantem sempre um final em festa. À parte disso, são todos músicos com qualidade e apresentam um pop-rock com temas que já vão sendo bem conhecidos como o seu brilhante “John d’América”. As suas composições caraterizam-se por um rock alegre e bem ritmado, em que está sempre presente um humor irresistível que perpassa por todos, mas se centra sobretudo na veia cómica do vocalista. Lembram-me bastante bandas icónicas e raras, como os saudosos Fúria do Açúcar. Quanto à qualidade musical dos temas apresentados, considero-a variável, mas sempre interessante e nunca pobre. Foram um dos quatro finalistas selecionados e levaram o prémio do Melhor Projeto, o que me pareceu aceitável e justo.

SAMFADO – Trio formado por amigos e colegas universitários para este concurso, embora já tocassem ocasionalmente juntos. São eles, a Inês Bettencourt, terceirense, o Eduardo Abreu, madeirense e o Pedro Cotti, brasileiro de S. Paulo. Este último é o compositor e letrista do trio. Já conhecia dois dos temas compostos pelo Pedro e tinham-me ficado de imediato gravados na alma, pela grande qualidade de músicas e letras. A Inês, já conhecida na Terceira (musicais Mamma Mia e Gente em Branco, projeto Safira, etc), é dona de uma voz muito bonita e afinada e tem uma excelente presença de palco, temperada pela simpatia pessoal e pela frescura da juventude, embora não devesse cantar sentada, por vários motivos. Com uma execução musical competente e suficiente, numa versão nitidamente pensada para o contexto de pequenos espaços em que este grupo nasceu, os quatro temas apresentados são todos de grande qualidade, em minha opinião. É incrível pensar que pelo menos um destes temas foi composto em cima do joelho. O grupo pode vir a beneficiar no futuro do enriquecimento musical das composições e da inclusão de um percussionista (samba sem percussão é como um jardim sem flores…). Além disso, se quiserem sair do nível da apresentação intimista, terão, obrigatoriamente, de usar instrumentos com amplificação. O seu som era quase inaudível na Praça Velha, o que foi uma pena e os prejudicou. Foram apurados para a final. popeye9700@yahoo.com

 

 

BAGA ANGRA SOUND BAY (84)

Outubro 29, 2019

Tarcísio Pacheco

angra sound bay.png

imagem em: https://angradoheroismo.pt/event/concurso-angra-sound-bay-2019-1a-audicao/

 

BAGAS DE BELADONA (84)

 

HELIODORO TARCÍSIO

 

BAGA ANGRA SOUND BAY – Por razões pessoais, mas também por ser um amante de música em geral, este ano, pela primeira vez, participei mais de perto, como espectador, no Angra Sound Bay, o concurso sucessor do velhinho Angra Rock. Por isso, estava no Havana, no Porto das Pipas, no passado dia 25 de outubro. No momento em que escrevo, ainda se ignora o desfecho do concurso. Não irei, por isso e de momento, tecer quaisquer considerações sobre os projetos concorrentes.

O Angra Sound Bay 2019, na sequência do ano anterior, anunciou inovações importantes, nomeadamente a realização de uma 1.ª audição no Continente (FNAC/Alfragide) em que se apresentaram três projetos, um deles com uma vocalista terceirense. No dia 25 realizou-se a 2.ª audição, com os restantes sete projetos.

Fui acompanhando o Angra Rock ao longo dos anos e cheguei a escrever sobre o concurso, numa fase de nítido declínio, quando se realizava no palco do Bailhão e estava às moscas. Na época, impressionava-me bastante que uma ilha que se orgulha de gostar de folia, que delira com qualquer pimba que venha por aí abaixo e que se amontoa para ver o Ivo Silva e “bailarinas”, encarasse com tanto desinteresse e desprezo, música original dos seus conterrâneos. Percebi que folia, música e boa música são coisas bem diferentes e por vezes até antagónicas. Também não ajudava muito que “música original” na Terceira significasse sobretudo rock, especificamente metal e gótico. Compreende-se que o próprio nome e ideia original fossem condicionantes.  Na verdade, as coisas não mudaram assim tanto porque mentalidades mudam devagar, é preciso esperar que as gerações sejam educadas, processo lento e complexo. Assisti às duas últimas finais, na Praça Velha e estava sempre bem fraquinho de público, talvez também por ser já depois do Verão e ao ar livre. Contudo, no Havana, no dia 25, tivemos uma noite de música ao vivo diferente e muito agradável, bem composta ao nível do público embora seja forçoso reconhecer que o espaço é pequeno e que só os músicos, acompanhantes, familiares e amigos, enchiam o recinto; mais tarde foi chegando a fauna habitual do Havana ao fim de semana e depois ainda, o rebanho de caloiros da UA, para os rituais da praxe.

Hoje vim ao terreiro sobretudo para congratular-me pela sobrevivência do concurso, para felicitar, nesse sentido, a AJITER (Associação Juvenil da Ilha Terceira) e a CMAH, entidades responsáveis pelo evento, pela capacidade e vontade de o manterem vivo e por procurarem melhoria e inovação num concurso que, sinceramente, há muito tempo precisava de estrutura e produção. Saúdo o Havana e a FNAC, pela disponibilidade e parceria. E para dizer publicamente que gostei muito daquela noite, independentemente da minha avaliação sobre cada projeto.

Nesta fase, tenho apenas uma crítica a fazer. Considerar o voto do público parece-me uma ideia justa e correta. Já não posso dizer o mesmo da forma como se recolhe este voto, que é distribuir papelinhos pelo público presente nas audições, com um código irrepetível e um link para uma página de votação. Percebe-se qual é a ideia. É, de alguma forma, fazer refletir a presença, o entusiamo e a preferência do público no desfecho final do concurso e levar mais gente às audições. Contudo, a estratégia dos papelinhos parece-me medíocre, falível, enganadora, prestando-se a manhas e manipulações. Desconheço a identidade e os critérios do júri, mas acredito que a seleção dos três projetos finalistas tenha por base critérios de qualidade, no que realmente é relevante: tema original, composição musical, letra (poema), execução, nível e desempenho de cada músico ou intérprete. Ouvi dizer que, recentemente, o Ivo Silva encheu a Praça Velha. Se ele tivesse concorrido ao Angra Sound Bay (afinal a “música” dele é…original), com a sua pseudo-música, talvez tivesse levado os seus admiradores e a freguesia do Raminho em peso à audição. Talvez tivesse recebido muitos papelinhos e muitos votos do público. Isso teria alguma coisa a ver com a qualidade musical do projeto? Quanto mais gente eu levar comigo a uma audição “melhor” é a minha música? Popularidade significa forçosamente qualidade? Se é para manter o voto do público (questão sempre discutível), devem reformular o processo. Pessoalmente, penso que é de manter o voto do público mas talvez não a 50%.

Em minha opinião, embora este concurso interesse mais aos Terceirenses, qualquer pessoa em Portugal deve poder votar independentemente de ir às audições ou não. A composição do júri deve ser claramente divulgada. E a organização deve publicar os vídeos na Internet, em página própria e delimitar um prazo para as pessoas poderem votar, de forma irrepetível, claro, usando os recursos tecnológicos disponíveis.

Quando esta crónica for publicada, a decisão do júri poderá ser já conhecida. Tenho as minhas preferências pessoais, obviamente, mas desejo boa sorte a todos e que ganhem aqueles que o mereçam, já que é um concurso. Já ficámos todos a ganhar, este ano, por termos tido dez projetos de música original a concorrer. Que venha mais música, sempre.  popeye9700@yahoo.com

 

 

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