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popeye9700

Crónicas e artigos de opinião, a maior parte publicada no Diário Insular, de Angra do Heroísmo.

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BAGAS DE BELADONA (6)

Dezembro 17, 2015

Tarcísio Pacheco

HITLER 2.jpg

 

imagem em: http://www.arethemost.com/2011/01/what-if-hitler-was-cartoon-character.html

 

BAGAS DE BELADONA (6)

 

HELIODORO TARCÍSIO

 

BAGA HITLER – Por curiosidade, li o vol.1 duma biografia de Adolf Hitler, escrita por Ian Kershaw, que apanhei a jeito nos escaparates de novidades da nossa biblioteca pública. O que li suscitou-me algumas reflexões. O que sabemos sobre a primeira idade de Hitler é bastante conjectural. Os dados são escassos e suspeitos já que provêm sobretudo dos próprios escritos dele, de textos oficiais do Partido Nazi e de um amigo que o idolatrava. Mas, os dados disponíveis indicam que o jovem Adolf não foi uma daquelas crianças cuja malignidade é evidente desde tenra idade. Essas são aquelas incarnações infernais, que se dedicam a torturar animais na infância e que mais tarde dão frequentemente em serial killers. O jovem Adolf não era assim. Todavia, era um perfeito psicopata. O único sentimento humano que revelou foi o amor pela mãe, Klara Pölzl, cuidadora, extremosa, quase obcecada pelos dois filhos sobreviventes, de um total de seis e a quem, realmente, Adolf muito ficou a dever. Adolf Hitler era frio, solitário, instável, colérico, agressivo, egocêntrico, megalómano, frustrado, indolente, intolerante e totalmente carente de sentimentos humanos superiores como a bondade, a compaixão, a generosidade, a empatia. No entanto, era inteligente e tinha alguns talentos, sobretudo dois: jeito para desenhar - o que podia ter feito dele um arquitecto minimamente competente - mas que ele confundiu com talento artístico, de que ele pouco ou nada tinha; talento para a comunicação, para manipular massas e arrastar multidões, para gerir a histeria colectiva. Na verdade, o cerne da minha reflexão é que os psicopatas são relativamente frequentes nas sociedades humanas. Se pensarmos bem, todos nós acabamos por conhecer algum que pode ser até um familiar, um relacionamento, alguém próximo de nós. O potencial de maldade de um psicopata é enorme. Mas, a maior parte das vezes, ele não é ninguém e tem apenas a possibilidade de ferir as pessoas mais próximas, nomeadamente a própria família. Felizmente é muito raro que os psicopatas se deparem com as condições necessárias para que possam crescer e espalhar sofrimento em larga escala. Como aconteceu na destroçada Alemanha de Hitler, do pós-guerra. A mesma a quem foi tudo perdoado, a que recebeu toda a ajuda, nomeadamente dos EUA, que tinham contribuído decisivamente para a derrota dos nazis. A mesma Alemanha que agora domina, à custa do dinheiro e dos seus banqueiros, uma confusa e desnorteada Comunidade Europeia. Hitler e o nazismo podiam ter surgido noutro lugar do mundo? Claro que sim, os psicopatas estão por todo o lado. Mas foi na Alemanha que surgiram…Não confundo regimes com as pessoas comuns e estarei sempre disponível para conhecer e fazer amizade com alemães, embora isso nunca me tenha acontecido, até agora. Mas há algo no carácter profundo do povo alemão que me arrepia. Berlim é fixe e multicultural? Pois sim mas já o era naquela época. Se as pessoas têm medo da Frente Nacional de Marie Le Pen, imaginem algo semelhante a eclodir na Alemanha…

BAGA ANTÓNIO BULCÃO: Seu Tóino, quase me fizeste chorar. E conseguiste algo improvável, uma página inteira sob o meu nome no DI actual. Bons tempos, realmente, aqueles dos desafios semanais de futebol no polivalente da Terra-Chã, nos anos 90. Lembro-me bem do teu perfil de falso magro e falso lento, que disparava pela lateral abaixo, imparável até rematar à baliza, sempre de um ângulo difícil. Um autêntico “extremo corrimão”, um excelente reforço faialense. Interrogas-te sobre o que eu fazia nos meus tempos livres, enquanto tu andavas já pelas tuas andanças políticas e pelas tuas cantorias. É simples, eu vivia. Sempre fui um diletante e um hedonista do tipo psicológico. A vida para mim sempre foi amor, sol, mar, música. E recusei um convite para aderir à Juventude Socialista quando andava na faculdade. A vida era tão boa e havia tanto para fazer. E eu, crivado de defeitos como sou, não os tenho todos e jamais me envolveria naquilo que reputo como o puro refinamento da arte da manipulação, da hipocrisia, da mentira, da amoralidade e da ambição material. Falo, obviamente, da política actual. Um abraço. POPEYE9700@YAHOO.COM

 

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