Baga RASHAF AL- QUNUN
Janeiro 22, 2019
Tarcísio Pacheco
imagem em: https://www.toonpool.com/cartoons/
BAGAS DE BELADONA (66)
HELIODORO TARCÍSIO
BAGA RAHAF AL-QUNUN – Este é um daqueles casos que a opinião pública devia seguir com atenção. A poucos meses de perfazer 18 anos, a jovem saudita Rahaf Al-Qunun teve a coragem de aproveitar umas férias em família no Koweit para fugir. A ideia era pedir asilo e o destino final a Austrália. Deve gostar de sol e é capaz de dar uma bela salva-vidas na praia de Bondi se souber nadar, se não souber pode dar também uma bela vítima e aproveitar para se livrar do burkini. No entanto, Rahaf não contava ser detida em trânsito, na Tailândia onde as autoridades locais ameaçavam devolvê-la à família proprietária. Inteligentemente, a moça barricou-se no quarto de hotel e queixou-se ao resto do mundo. Foi o melhor que fez, já que, segundo a própria, a família era bem capaz de a esganar, por vários motivos, para reparar a honra da família, para tirar vingança, para servir de exemplo e desencorajar quaisquer veleidades de mulheres sauditas que tivessem o desplante de querer andar na rua sozinhas, estudar, escolher o marido ou escolher não casar, viajar sozinhas ou ignorar o Corão. Conseguiu obter o estatuto de refugiada através da ONU e pelo menos o Canadá já se dispôs a recebê-la nessa condição. Desejo-lhe muita sorte, é corajosa e ainda por cima gira. Mas o meu interesse na questão é destacar a Arábia Saudita como um dos regimes mais nojentos do mundo. Dou-me muito mal com o fanatismo de qualquer quadrante, a intolerância, a discriminação, a opressão e a violência. Jamais visitaria esse país ou qualquer outro desse universo. Ia acabar preso ou pior. Incluo o Dubai e outros do género, até por embirrar com resorts turísticos. Ainda há algumas dezenas de anos aqueles tristes andavam a limpar bosta de camelo, sonhando com os bons velhos tempos da Arábia Feliz e uma noite que fosse com a princesa Sherazade. Agora, graças ao apetite insaciável do mundo por petróleo, passaram a ser grandes senhores, não deixando de ser brutamontes ignorantes e fanáticos, na sua essência. Oprimem fortemente a mulher que é pouco mais que gado para eles. Combinam casamentos e casam crianças. De Corão na mão e ignorância ao peito, os seus sinistros mulás, santões medievais, justificam qualquer barbaridade enquanto cofiam as piolhosas barbas. Doidas por luxos e dinheiro, as elites sauditas negoceiam com o mundo capitalista enquanto financiam atos e grupos terroristas. O dinheiro não lhes trouxe inteligência nem mundo e continuam a organizar-se como sociedade teocrática. Atropelam-se e esmagam-se com regularidade à volta duma pedra sagrada. É tudo sagrado menos a vida humana. Assassinam impunemente, com requintes de crueldade, jornalistas incómodos em embaixadas sauditas em países terceiros sem se preocuparem sequer em disfarçar o crime. Nunca têm culpa de nada porque Alá é quem decide tudo. São suportados pela apatia acéfala e acrítica do mundo de hoje, pelos interesses da alta finança, pelo delírio capitalista, pela falta de ética e valores universais, pela hipocrisia política e por alarves como Trump que, pouco disposto a criticar o príncipe regente, assobiou para o lado e twittou sobre o assunto com a costumeira indigência inteletual que o define tão bem quanto a cabeça de abóbora. Enfim, apelo às mulheres sauditas para fugirem em massa do país. Dispam as fantasias de morcego, descubram os vossos lindos olhos e fujam para Portugal. Depois de Passos Coelho, fazemos cada vez menos crianças, precisamos de sangue novo. Temos uma mesquita e tudo e somos fixes, nem nos importamos que rezem a Alá as vezes que quiserem, se trouxerem de lá essas rotinas compulsivas A gente diz-vos para que lado fica Meca. É pra lá de manhã e pra cá à tardinha, pá. POPEYE9700@YAHOO.COM