BAGA DOCE / BAGA AMARGA (115)
Janeiro 08, 2021
Tarcísio Pacheco
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BAGAS DE BELADONA (115)
BAGA DOCE - Há muito tempo que pensava fazê-lo, um público elogio à belíssima obra do passeio marginal de Angra, que liga o Porto das Pipas às Areias Brancas, unindo o Nascente com o Poente, recuperando a antiga zona de banhos do Fanal e dotando a cidade com um lindíssimo percurso pedonal. Estão assim, portanto, de parabéns o presidente da CMAH, toda a sua equipa e sobretudo quem esteve diretamente ligado ao projeto. Uma palavra de repúdio para as bestas que destruíram as primeiras fontes de iluminação do percurso e vandalizaram alguns dos dragoeiros. Que vontade de os apanhar em flagrante e de lhes aquecer as orelhas...
BAGA AMARGA - Referi aqui no passado o estado calamitoso da via de saída de Angra para Oeste, até ao largo da Silveira. Congratulo-me pela obra de reparação ter, finalmente, avançado, embora tarde e a passo de caracol (ainda decorrem os trabalhos de pintura no pavimento). Porém fiquei extremamente desapontado com a solução final para o estrangulamento na chegada à Silveira. Pensei que seria a oportunidade para disciplinar de vez o trânsito e o estacionamento naquela zona. No entanto, conseguiram que ficasse pior do que dantes. Chega a ser ridículo. O sinal de paragem proibida (que mal se vê, meio coberto por canas) não dissuade ninguém de parar. Ir lá a PSP de vez em quando passar umas multas, não resolve nada. Os condutores deixaram de parar fora do João da Silveira, mas continuam a parar fora do Aki Perto, para ir às comprinhas. Quem circula no sentido Leste-Oeste vê a sua mão interrompida e para continuar, se não vier trânsito em sentido contrário, agora tem de pisar um traço contínuo, algo que é visto como um pecado capital pelo atual Código de Estrada e que deixa, com certeza, aquele nosso bem conhecido polícia chico a espumar pelos bigodes. A minha opinião vale o que vale mas sintetiza-se no seguinte: o separador da estrada deve prolongar-se ainda mais, até ao início da curva, junto à entrada da Twin's Pub, deixando apenas o espaço essencial para a circulação das viaturas; o estacionamento/paragem junto ao Aki Perto e ao João da Silveira deve ser totalmente impossibilitado, à força, claro; o passeio do lado Norte, a seguir ao João da Silveira é um passeio pedonal e não deve servir para estacionamento, devendo ser ali colocados dissuasores de estacionamento, algo tão fácil de fazer; o estacionamento naquela zona deve ser feito apenas num dos três parques de estacionamento daquela área, dois deles grandes e um deles acabado de inaugurar; os serviços de carga e descarga para os estabelecimentos comerciais têm de ser feitos de outra forma, um pouco mais demorada e trabalhosa, é certo, usando carrinhos de mão próprios, a partir do estacionamento à direita no início da circular, podendo-se, eventualmente, criar ali um espaço reservado a cargas e descargas (afinal trata-se de servir apenas dois pequenos cafés e um minimercado). As pessoas estão cada vez mais comodistas e se pudessem nem saíam dos automóveis, a vida seria um imenso drive-through. A verdade é que, assim como a coisa se apresenta, está uma porcaria e a obra feita serviu de pouco.
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