FOLHETIM DO ARCO TÔSCO DE ALMEDINA (1)
Agosto 21, 2013
Tarcísio Pacheco
Imagem: touradascorda.ilhaterceira.net , touros terceirenses pastando felizes e bem tratados no mato, onde passam 95% do tempo
ARTIGO PUBLICADO NO DIÁRIO INSULAR, DE ANGRA DO HEROÍSMO, A 21 DE AGOSTO DE 2013
Optei por fazer disto um pequeno folhetim porque é capaz de atingir uma certa dimensão, cuja versão integral nunca caberia nas páginas do Diário Insular. Então, vamos fazer isto por capítulos. Não posso dizer que o motivo inspirador seja exatamente sublime. Há dias apanhei no Facebook um comentário que me remeteu para um blog, chamado Arco de Almedina (http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/236657.html), propriedade duma tal Isabel A. Ferreira. Não é uma leitura interessante mas é aconselhável que todos os terceirenses que não são info excluídos acedam a este blog, seja qual for o seu posicionamento relativamente a touradas (procurar a publicação de 25 de Fevereiro, a que nos diz diretamente respeito). A razão é simples, seja qual for o nosso ideário, somos terceirenses acima de tudo, fazemos parte da mesma comunidade ilhoa. E a criatura insulta todos os terceirenses no seu pasquim digital. Tenho a certeza absoluta que não há qualquer fratura social na sociedade terceirense a respeito das touradas. Sendo uma comunidade relativamente pequena, de umas 55.000 almas, todos nós temos no nosso círculo de familiares, amigos e colegas, taurinos, anti-taurinos e indiferentes. E com certeza respeitamos as opiniões diferentes das nossas, como sociedade democrática que somos.
Portanto, fui ver o blog desta criatura, primeiro que tudo para lhe averiguar a raça. Uma rápida leitura deixou-me a convicção de que pertence a uma raça muito agressiva, na Terceira passaria por vaca brava, talvez com ferro da Casa José Albino Fernandes, por aí. Digo isto pela agressividade, ausência de inteligência, de raciocínio lógico e pela investida cega. Embora, pessoalmente, preferisse relacionar-me com uma vaca brava pois, ao menos, estas são inocentes, sem malícia nem maldade.
O blog da criatura remete-nos para um extenso perfil pessoal, que fui ler, onde a criatura faz questão de nos informar sobre todo o seu percurso académico e sobre todas as voltinhas que deu nesta vida. Ficamos, por exemplo, a saber que estudou no Brasil e que completou “com distinção” o 1.º ano de uma licenciatura em História. Colocar este irrelevante tipo de informação num blog pessoal é uma atitude desnecessária, petulante, narcisista e foi essa uma das razões para a série de “grosserias e indelicadezas” com que a criatura diz que eu a brindei. Como qualquer um pode ver se aceder ao blog (ela publicou todos os meus comentários e as suas respostas), eu chamei-lhe “ignorante”, “presunçosa” e “arrogante”. Bom, isto é o que eu penso dela e não considero que se trate de insultos. Como podem ver, nas suas resposta, ela chamou-me “bronco”, “parvo”, “pateta”, “sem nome” e “sem profissão digna de um ser humano”. Isto são verdadeiros insultos, totalmente gratuitos e sem sentido. Por aqui, já se pode avaliar o nível de educação desta criatura, tão estudiosa e criativa e avaliar a sua flexibilidade ética.
Bom, está na hora de explicar porque nos travámos de razões. Esta criatura acredita ser a Papisa do movimento anti-taurino português. Não me tenho envolvido nessa polémica, por diversas razões. Mas, como é natural, amo a minha terra e aprecio os seus costumes e tradições. E sobre a nossa ilha Terceira e as nossas touradas à corda, entre muitas outras coisas, ela diz, por exemplo, o seguinte: “(…) essa diversão sórdida, digna apenas de gente mal formada e de maus instintos, está moribunda, apesar de dizer que chega a haver mais do que uma no mesmo dia. Isso só diz da doença de que sofrem.”; “Mas a ilha Terceira alguma vez foi evoluída?”; “O facto de dizer que é um dos locais do mundo onde há o maior “culto” ao Touro significa que é uma das terras mais atrasadas do mundo (…)”; “ A afición do povo terceirense é uma DOENÇA MENTAL. Não vos traz nenhum prestígio. Pelo contrário. O turista culto não visita a Terceira.”; “Estátuas a Touros para celebrar a tortura de que são alvo? Só mesmo numa terra onde a CIVILIDADE ainda não chegou”; “Pois vou dizer-lhe o que é um forcado, porque ninguém vos disse o que era um forcado. Um forcado, dentre todos os covardes que torturam o touro, antes e depois de ir para a arena, é o mais COVARDE. “; “ É isto que é o forcado. Um COVARDE. Um sujeito com maus instintos. Malformado. Ignorante. Patético.”; “ A tourada à corda na ilha Terceira é um COSTUME BÁRBARO que não tem nada de tradicional. Não é cultura. É apenas o divertimento de broncos.”
E assim por diante, são alguns exemplos apenas, extraídos do dito blog. Os insultos alastram-se também a todos os Graciosenses noutro post. (Continua).POPEYE9700@YAHOO.COM