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popeye9700

Crónicas e artigos de opinião, a maior parte publicada no Diário Insular, de Angra do Heroísmo.

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BAGA NOBEL DO COCÓ (BB164)

Fevereiro 17, 2025

Tarcísio Pacheco

Golden shit.jpg

imagem em: The New Humanitarian | Parlons de caca

BAGAS DE BELADONA (164)

HELIODORO TARCÍSIO          

 BAGA NOBEL DO COCÓ - Confesso publicamente que não sou nenhum anjo de luz e nem sou digno sequer de lavar os pés a Ghandi. Piorei, baixei de nível, já fui extremamente pacífico, daqueles militantes de qualquer causa que julgava nobre, dos que usavam crachás contra a energia nuclear. Isso foi quando andava alienado e iludido. Ainda antes dos astrónomos nos terem alertado para o asteroide que pode atingir a Terra em 2032, já eu sonhava maldosamente com a chegada de um asteroide de tamanho apropriado que levasse a cabo uma boa higienização do planeta. Poupando os Açores, a Madeira e Portugal Continental no impacto direto, claro, no fundo ainda sou um bocado sentimental e tenho quatro filhos que andam por aí. Quando pensava no assunto e sonhava com o impacto, costumava desejar que a rocha justiceira caísse em cheio na Rússia ou na Coreia do Norte ou no Irão ou na China, por esta ordem. Volúvel que sou, ultimamente tenho estado a mudar de opinião. Efetivamente, com certos amigos, quem precisa de inimigos? Os pais de toda a gente sempre disseram “cuidado com as más companhias”, o que era um bom conselho, exceto nos casos em que os próprios pais eram a pior companhia.

Ontem à noite, adormeci a pensar no adjetivo que melhor define o caráter de Donald, o Fungo. Tive dificuldades em adormecer porque é difícil adjetivar o que não existe. Contudo, como precisava de dormir, acabei por negociar um adjetivo comigo mesmo: pérfido! O dicionário define “perfídia” como um substantivo feminino que se refere à traição, deslealdade ou engano. É utilizada para descrever ações que envolvem a quebra de confiança, onde uma pessoa age de maneira desonesta ou traiçoeira, muitas vezes com a intenção de causar dano a outra. É claro que qualquer dicionário de nomes feios se aplica na quase totalidade a Trump. Mas se tiver de escolher um adjetivo, é este, pérfido. Todos conhecem o mito do rei Midas, que transformava em ouro tudo em que tocava, poder que ilustra a vã ilusão humana e se revelou muito pouco desejável na prática. Trump também é um rei, que quer ser imperador e tudo em que ele se toca também se transforma, mas em cocó. Trump conquistou o trono americano acabando com qualquer conceito de democracia e sábio equilíbrio entre poderes. Usou aplicativos simples, mas eficazes, sobretudo a falta de inteligência e de espírito crítico do povo americano, a ignorância, a mentira e a manipulação. Mal chegou à sala do trono, abriu de par em par as portas das prisões, dos esgotos e das mais lúgubres e sinistras caves subterrâneas de toda a América. Qual Satanás à porta do Inferno, abriu os braços, soprou para o lado a gadelha cheia de laca para disfarçar a calvície incipiente e disse “Vinde meus filhos, eu amo-vos!”, todo feliz, com as pregas de gordura do pescoço a tremelicar de pérfido gozo. E eles vieram, toda a ralé da América, vieram políticos oportunistas, todos os muitos políticos americanos sem ética nem escrúpulos, os republicanos ortodoxos, vieram filósofos e teóricos de extrema-direita, vieram pró-fascistas e neonazis, vieram racistas, criminosos e ladrões, vieram radicais bíblicos e outros fanáticos religiosos, vieram os fabricantes de armas e de material militar,  vieram paletes de louras e morenas burras ambiciosas, vieram as toupeiras cegas da terra atrás do petróleo, do gás natural e do carvão, vieram os negacionistas das alterações climáticas,  vieram negacionistas de vacinas e de cuidados médicos modernos, vieram prostitutas e prostitutos, veio toda a sorte de estúpidos, ignorantes, analfabetos funcionais e descerebrados, entre os quais se contam, para grande desgosto meu, imensos imigrantes portugueses  e açorianos.

Tudo em que Trump toca se torna em cocó. Trump, embora se considere um grande estratega, não tem quaisquer planos para nada e isso porque se trata de uma pessoa pouco inteligente. Já me cansaram os comentadores televisivos que se esforçam por “entender e explicar Trump”, que se tem alguma qualidade é a de ser um bom manipulador e, mesmo assim, isso só funciona com pessoas ignorantes e carecidas de inteligência. Trump jamais conseguiria manipular pessoas inteligentes e alguma dessas (que também as há por lá, no meio daquela manada acéfala) seguem-no apenas por pura ambição e conveniência, cavalgando a onda do momento que, inevitavelmente, quando a maré de estupidez passar, os arrojará à praia, bastante combalidos, segundo espero, sendo que nada se perde se alguns se afogarem, entretanto. Sejamos claros, Trump só convence alguns tipos de pessoas, que já descrevi acima. Infelizmente, eles são imensos, num país como os EUA. Seria absolutamente impossível Trump convencer qualquer uma das pessoas que considero inteligentes, em Portugal e no resto do mundo.

Trump até tem ideias, a um ritmo quase diário, o problema é que são invariavelmente péssimas e/ou pérfidas, saídas da cloaca que ele tem no lugar do cérebro. Deixando de lado as tarifas alfandegárias, que é uma questão mais economicista, temos a alteração do nome do golfo do México, a ameaça de anexação do canal do Panamá e da Gronelândia, as ameaças à integridade política e territorial do Canadá, a saída da OMS, as medidas contra o ambiente e a negação das alterações climáticas, as inúmeras medidas contra apoios sociais federais e internacionais, as medidas contra a comunidade LGBT e as pessoas com deficiências e o profundo desprezo mostrado todos os dias pelos seus “aliados” da União Europeia, isto para referir apenas as coisas mais notórias. Mais recentemente, o cúmulo da perfídia e da falta de caráter, com a questão da faixa de Gaza e do destino a dar à população palestiniana da zona. Trata-se da oferta aos amigos e colegas de extrema-direita de Israel, de Gaza e provavelmente da Cisjordânia, algo que, a concretizar-se, por omissão do resto do mundo, com destaque para a EU e países árabes, deveria colocar Trump na mira do Tribunal Penal Internacional, valendo isso o que vale atualmente. O clímax da perfídia e traição acabou de acontecer com as notícias sobre “o acordo” para o fim da guerra na Ucrânia. Não há acordo algum que, aliás, a acontecer, teria de envolver como parceiros de primeira linha, Zelensky e a EU. O que parece haver é o início de uma bela amizade entre pares, Trump e Putin, ambos igualmente tiranetes pérfidos, em que a Ucrânia é oferecida como despojo de guerra e o mundo é partilhado entre EUA, Federação Russa e China. No âmbito deste “plano”, a Rússia conquista todos os seus objetivos, não cede rigorosamente em nada e a Ucrânia perde todos os seus territórios roubados e não pode entrar para a NATO, nem recebe qualquer garantia de segurança. O seu único “benefício” é poder, eventualmente, ser admitida na EU, uma entidade que Trump e Putin desprezam abertamente. Perante o aviso de agências especializadas de que a Rússia atacará de novo, mais ano menos ano, o pérfido Trump encolhe os ombros, como quem diz “e isso é problema meu?”.

Cada vez mais, a nossa EU se perfila como o único garante de estabilidade no mundo, na defesa da paz, da ordem, da legalidade, do direito internacional, do respeito pela integridade territorial dos diversos países, da coexistência pacífica entre “fortes” e “fracos”. Que seja a EU possível, perante as ameaças da extrema-direita, dos pró-fascistas, dos neonazis. É o nosso tempo de nos assumirmos ou desapareceremos do mapa. Nunca gostei tanto da EU. Minha querida União Europeia, meu querido Costa.

Quanto a Trump, o Nobel da Paz deverá fora de questão, os suecos são inteligentes, mas, se a academia sueca decidir criar um novo prémio, Trump não terá concorrência e ganhará com todo o mérito e justiça o Nobel do Cocó. popeye9700@yahoo.com

 

 

BAGA AMÉRICA ZOMBIE (BB163)

Fevereiro 07, 2025

Tarcísio Pacheco

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BAGAS DE BELADONA (163)

HELIODORO TARCÍSIO          

 BAGA AMÉRICA ZOMBIE–. Recentemente, assisti a um programa na TV protagonizado por cientistas e especialistas do comportamento animal. Foi um documentário extenso, com análises profundas e sustentadas de muitos casos de claro comportamento homossexual entre animais do mesmo género, com destaque para primatas e cães, por exemplo. Uma das conclusões finais foi de que o comportamento animal homossexual foi observado em cerca de 1.500 espécies animais, um vasto número. Foram analisados diversos casos específicos. Um deles consistia num caso absolutamente revoltante. Num canil, estava um belíssimo cão jovem, de raça, que havia sido ali deixado pelo seu dono, com a finalidade de ser abatido. Estava irremediavelmente doente ou tinha atacado alguém? Nada disso, a justificação do dono era a seguinte: o meu cão é gay, “apanhei-o” a montar outro cão macho. Esta triste história tem um final feliz, o pobre cão foi salvo duma condenação à morte digna do Irão por uma moça inteligente e compassiva, que o levou para casa. Onde aconteceu isto? Claro que podia ter acontecido em qualquer lugar, afinal, energúmenos estúpidos, há-os em todo o mundo. Mas, como se está mesmo a adivinhar, este caso sucedeu nos Estados Unidos da América.

E esta história traz-me ao tema principal. Fiquei chocado, mas não exatamente surpreendido com a emergência de um vilão tão óbvio como o Donaldo. Afinal, a escalada dele pela pirâmide do poder acima não foi assim tão rápida e as evidências foram-se acumulando ao longo dos anos. A minha falta de surpresa não foi pelo vilão em si, afinal eles estão um pouco por todo o lado neste pobre planeta e apareceram regularmente ao longo da história humana. O facto é que sempre fui extremamente crítico em relação aos EUA e não, não sou comunista. Visitei os EUA e visitaria de novo sobretudo pela diversidade da paisagem e pela riqueza da sua natureza. Mas jamais viveria nesse país. Sempre me senti açoriano, primeiro que tudo e depois português e europeu até à medula. E isto é, sim, um autoelogio.

Com efeito, sempre senti que há algo de extremamente doentio e profundamente errado com a sociedade norte-americana. Num país com cerca de 331 milhões e 500 mil habitantes, só atrás da China e da Índia, que se define como uma democracia plena com eleições regulares, na verdade autodenominando-se “a maior e melhor democracia do mundo”,  não há espírito crítico, não há confronto de ideias, não há dissidência nem dissonância, não há combate político e ideológico, não existe a maravilhosa diferença entre as pessoas e até os americanos de origem africana, asiática, latina ou árabe, rápida e pressurosamente se inscrevem na matriz norte-americana, muitas vezes ainda na primeira geração. Que haja não brancos a votar no Donaldo e aos pulos nos comícios dele, com o ridículo bonezinho vermelho, é algo que ultrapassa a minha compreensão. Sabemos que há pessoas muito inteligentes na sociedade americana, na ciência, na cultura, nas artes, na tecnologia, mas, até mesmo os insuspeitos cientistas sacrificam a sua inteligência no altar da conveniência política e da sobrevivência pessoal. Basta ver como a comunidade científica americana começou a fechar-se quanto às alterações climáticas e a tentar afinar pelo diapasão dominante. Está toda a gente com medo de ser despedida, de perder o cargo ou o subsídio.  Em breve estarão os EUA a afirmar como um todo que não há alterações climáticas e que as vacinas provocam autismo. “God save America but, meanwhile, Drill Baby Drill”. O Donaldo já mostrou claramente que pretende dominar todo o país, começando pelos aparelhos político e judicial, passando pelo Pentágono, por todo o funcionalismo público e pelas agências governamentais, incluindo a CIA, o FBI e a NSA; há mesmo sinais de que pretende dominar a igreja, o que não surpreende, dada a sua intimidade com as altas esferas celestes; durante a campanha eleitoral vi uma publicação em que um Donaldo em pleno sermão aos seus fiéis era retratado com um belíssimo anjo com o braço por cima dos seus ombros; e outra em que o Donaldo se passeava por um jardim em amena cavaqueira e de braço dado com Jesus, provavelmente a debater a próxima manobra da “paz pela força”. Em breve pouco restará do indómito espírito pioneiro norte-americano que, mesmo tendo levado ao massacre dos primitivos donos da terra, não deixou de ser indómito e de se constituir em epopeia. Em breve, como mudou o nome do Golfo do México (claro que para mim jamais mudará) o novo marajá vai mudar o nome do país para Estados Unidos do Donaldo. E até vai conseguir inscrever isso na constituição. A menos que algum americano com a mistura suficiente de engenho, loucura, coragem e boa pontaria tome uma atitude histórica para os EUA e para o mundo.  OS EUA estão no caminho certo para, a breve trecho, se assumirem plenamente como algo que na verdade sempre foram em certa medida, o paraíso da banalidade, do convencionalismo, da hipocrisia moral e política e do dogma religioso, tendo como ferramentas principais, a força bruta, o poder absoluto, a intimidação, a chantagem, a mentira, a manipulação e o medo, regados a Coca-cola light.

Portanto, o que é realmente incrível não é que os EUA tenham produzido o Donaldo. O sistema deles favorece o aparecimento de patifes deste quilate. Do meu humilde ponto de vista, o Donaldo é um perfeito crápula, um demente perigoso, com ideias próximas da ideologia fascista, que jamais deveria estar à frente de nada, exceto das suas próprias empresas privadas, bastante mal geridas e, aliás, sobre as quais recaem suspeitas (a acusação não é minha, vem de fontes pouco políticas e assenta em fortes indícios) de terem sido salvas da bancarrota a certa altura, por abundantes injeções de dinheiro russo. Daí toda a condescendência do Donaldo com o Vladimiro, para além da admiração pessoal entre pares. Eu não o queria nem para presidente do clube de xadrez da minha freguesia. O Donaldo deveria estar na prisão ou pior.  Além disso, ao contrário do que alguns comentam por aí, o Donaldo não me parece muito inteligente. Basta estar com um pouco de atenção, ver como ele funciona e percebemos que ele é perfeitamente previsível. As aspirações que expressa são verdadeiras e mostram bem a sua baixeza de caráter. Como ele tem a esperteza suficiente para perceber que a sua pior retórica suscitaria forte oposição, dos mais variados quadrantes, opta por a anunciar ao mundo mesmo assim, sem qualquer enfeite. Mesmo antes de tomar posse já teve ataques de flatulência intestinal pela boca. Imediatamente após tomar posse, anunciou ao mundo o que realmente gostaria de fazer, mas sabe ser impossível. Será das raras vezes que diz a verdade. Fazem parte desse filme, por exemplo, o canal do Panamá, a Gronelândia, o Canadá, a faixa de Gaza e o plano de mudar a constituição para conseguir um terceiro mandato e, quem sabe, um quarto. O Donaldo queria mesmo ficar com isto tudo, se o deixassem. As pessoas normais assustam-se e reagem. Quando esbarra com forte oposição, recua um pouco, finge saber refletir ou manda os seus esbirros recuarem por ele. E talvez consiga assim concessões que jamais conseguiria de outro modo. É assim que funciona o Donaldo, com arrogância, agressividade, intimidação e abuso. Ele tem um ego extremamente inflacionado e julga-se uma das criaturas mais inteligentes que já pisaram a Terra. Deve achar-se um grande jogador de golfe e de poker. Por isso, usa e abusa do bluff. Qualquer pessoa minimamente inteligente percebe que qualquer ato expansionista agressivo do Donaldo significaria quase de imediato o fim de Taiwan. E mesmo que o Donaldo pouco se importe com Taiwan, teria aberto a caixa de Pandora, que jamais conseguiria voltar a fechar. Donaldo é fundamentalmente estúpido e destituído do mais elementar bom senso. Mas não é tão estúpido que não entenda o óbvio. O que nunca é estúpido é a História, que analisa, avalia, julga e explica o passado, à distância. E não tenho a menor dúvida de que, se o mundo sobreviver a psicopatas como Donaldo, Vladimiro e outros do mesmo clube, a História considerará Donaldo, de muito longe, o pior presidente de sempre dos EUA e quiçá do mundo.

Portanto, e para concluir, Donaldo não é surpresa. Surpresa será talvez ter escravizado o partido republicano e ter seduzido tantos milhões de americanos. Mas não fez Hitler o mesmo na década de 30 do séc. XX com uma nação se calhar muito mais civilizada que os atuais EUA e onde havia muito mais inteligência per capita? Será a estupidez viral e contagiosa? Se calhar é isso que é o Donaldo é, um daqueles fungos recém-descobertos que se apoderam das mentes de alguns insetos e os transformam em zombies. É isso que me parecem os EUA de hoje. Uma nação gravemente doente, infestada por um fungo parasita, grande, gordo, nefasto, malévolo, vagamente alaranjado e com uma coroa vermelho tóxico por cima. Uma grande nação zombie.popeye9700@yahoo.com

 

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