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popeye9700

Crónicas e artigos de opinião, a maior parte publicada no Diário Insular, de Angra do Heroísmo.

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ZUMBA / ENTREVISTA AO DIÁRIO INSULAR

Agosto 08, 2022

Tarcísio Pacheco

Zumba Street Altares (2).jpg

ENTREVISTA AO DIÁRIO INSULAR EM 18 DE JULHO.
Saúde e bem-estar em
modalidade para todas as idades
TARCÍSIO PACHECO Instrutor explica as raízes da modalidade de Zumba
Em entrevista a DI, Tarcísio Pacheco sublinha os benefícios da prática da Zumba, modalidade da área do Fitness, e dá a conhecer o projeto Zumba Street.
A MODALIDADE DE ZUMBA, DISCIPLINA DA ÁREA DO FITNESS, ESTÁ EM FASE DE AFIRMAÇÃO UM POUCO POR TODA A ILHA. O QUE É, NA VERDADE, A ZUMBA E, JÁ AGORA, QUAL É O SEGREDO DE TAMANHO SUCESSO?
A Zumba é uma modalidade da área do Fitness, que combina música, ginástica e dança cardio, usando ritmos variados mas sobretudo de raiz latina, com base em quatro ritmos, os principais (embora com muitas variantes e combinações), a salsa, o merengue, a cúmbia e o reggaeton. Em 2015, existiam 14 milhões de praticantes de Zumba em 186 países do mundo (incluindo a Ucrânia e a Rússia, por exemplo, constituindo-se assim como um fator de união entre povos) e em 2019 existiam cerca de 100.000 instrutores.
Na verdade, na ilha Terceira, já passou há muito a fase de afirmação, praticando-se em alguns ginásios mas sobretudo em aulas privadas, um pouco por todo o lado, em Angra mas também em Santa Bárbara, na Serreta, nos Altares, no Posto Santo, no Porto Judeu, etc.. Como aluno, comecei a praticar Zumba em 2008 e a atividade já existia antes.
A Zumba nasceu na Colômbia, nos anos 90, com o seu criador, Beto Perez, um colombiano que era instrutor profissional e coreógrafo e que um dia, quase por acaso, teve a inspiração de criar coreografias para músicas latinas, a fim de serem reproduzidas em ambiente de aula.
A ideia teve imediato sucesso, mercê do talento e criatividade do Beto e, posteriormente, quando este emigrou para os Estados Unidos da América, estabelecendo-se em Miami, juntou-se a outros parceiros estratégicos, tendo criado juntos a empresa e marca comercial "Zumba" e tendo-se expandido para todo o mundo.
O segredo do sucesso da Zumba é responder de forma ativa a interesses que são comuns a muitas pessoas hoje em dia, como o interesse pela música, pela dança, pela atividade física em geral e estar aberta a todos os tipos de pessoas e a todas as faixas etárias, sem apresentar grandes exigências, quer em termos de desempenho pessoal, quer em termos de meios, sendo necessário apenas um espaço adequado (mas faz-se frequentemente ao ar livre...) e um meio de reprodução de som.
Representa também uma oportunidade para dançar, uma atividade que é tão agradável e que quase desapareceu, com o fim das discotecas e danceterias tradicionais, excetuando-se as festas com DJ's, quase exclusivamente frequentadas por jovens e o universo das danças de salão, uma área belíssima mas com regras de execução bastante rígidas.
QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DA PRÁTICA REGULAR DA MODALIDADE?
A Zumba é uma disciplina de Fitness com um impacto cardiovascular notório que melhora os índices biométricos do nosso corpo e contribui para a manutenção de uma boa saúde, para além de queimar muitas calorias. Para além de atender a objetivos básicos como o controle de peso, acima de tudo, é uma atividade muito descontraída e relaxante, que gera prazer e bem-estar.
A aula de Zumba é sempre um momento de evasão, em que a pessoa aproveita o poder da música e da dança para descontrair e se esquecer dos seus problemas. Apela também à capacidade de coordenação motora e, nesse capítulo, vemos com frequência grandes progressos nas nossas alunas. Há ainda o lado social, o convívio, fazer novas amizades, conviver com aquelas colegas todas as semanas. Alegria e boa disposição são notas predominantes na Zumba.
Transparência
é fundamental
MARCARAM PRESENÇA, COM INEGÁVEL SUCESSO, NAS SANJOANINAS E NO ENCERRAMENTO DA BIO FEIRA 2022. VÃO ESTAR NAS FESTAS DA PRAIA DA VITÓRIA E ACABAM DE REALIZAR UMA MASTERCLASS DE ZUMBA, QUE CONTOU COM A COLABORAÇÃO DAS INSTRUTORAS MARISA FERNANDES E CATARINA AZEVEDO. ISTO SIGNIFICA QUE O VOSSO TRABALHO COMEÇA A SER DEVIDAMENTE RECONHECIDO?
Temos estado um pouco por todo o lado. Como temos tido uma presença ativa na ilha, acabamos por ter alguma visibilidade. Por vezes somos nós a pedir para participar, mas também nos acontece sermos convidados, como no caso recente do convite da Bio Azorica, para fazemos a festa no encerramento da Bio Feira 2022, no parque de exposições da Vinha Brava, no passado dia três de julho.
Excetuando a Marisa Ávila, todos somos instrutores em part-time, por exemplo, eu sou funcionário público e conservador no Museu de Angra do Heroísmo. Somos instrutores de Zumba por paixão mas, evidentemente, somos pagos pelas aulas que damos e isso implica trabalho e responsabilidade. Temos de praticar em casa, regularmente, a fim de que, nas aulas e eventos, nos apresentemos com qualidade e, para motivar as nossas alunas, temos de fazer uma renovação constante e regular das nossas play-lists. Mais do que o dinheiro, o nosso grande prazer é partilhar com as pessoas a nossa paixão pela Zumba e ver o entusiasmo delas.
Tentamos também que as coisas decorram dentro da legalidade e da correção. Por isso, nós os três somos instrutores certificados, formados pela empresa Zumba e membros ativos da ZIN (Zumba Instructor Network), o que implica o pagamento de uma mensalidade, que, atualmente, anda à volta de 40 euros.
Só assim podemos, legalmente, intitular-nos instrutores de Zumba e promover aulas da modalidade, usando o nome das suas marcas comerciais. Usualmente, só trabalhamos com instrutores ZIN, pelos motivos apontados e por uma questão de justiça e correção. Fica aqui a nota e o apelo. Qualquer pessoa que queira ser instrutor de Zumba deve fazer a formação formal, de preferência presencial (eu fiz em junho de 2018, em Lisboa) e pertencer à rede ZIN, sem o que estará a incorrer em ilegalidade.
ESTAMOS A FALAR DE UMA ATIVIDADE PARA TODAS AS IDADES?
Sim, sem dúvida. É para toda a gente, desde que não haja nenhuma contraindicação médica. Tanto é assim que a Zumba, para além do que se chama Zumba Basic, tem outras modalidades, que também requerem formação específica dos instrutores, entre as quais, por exemplo, Zumba Kids, para crianças e adolescentes, Zumbini, para bebés e crianças até três anos, e Zumba Gold, para pessoas menos jovens e/ou com limitações físicas diversas. Há até coreografias criadas especificamente para pessoas em cadeira de rodas.
Depois, há o Aqua Zumba (em piscina), o Zumba Step, o Zumba Toning e várias outras ainda. Como instrutor, por exemplo, fiz formação em Zumba Basic e em Zumba Gold. Obviamente que o que fazemos com mais frequência é o Zumba Basic.
JUNTAMENTE COM AS INSTRUTORAS MARISA ÁVILA E MARTA CAROÇO FORMOU O ZUMBA STREET. QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DESTE PROJETO?
A Marta Caroço é uma moça do Continente que vive na Terceira e trabalha na base americana. Conhecemo-nos no âmbito do primeiro evento coletivo de Zumba que organizei, precisamente na Bio Feira de 2019, na Praia da Vitória, que teve grande sucesso, com cinco instrutores e mais de cem participantes a dançar.
A partir daí, estabelecemos uma parceria e organizámos vários eventos. Precisamente num desses eventos, uma Zumba Halloween, nas Lajes, conhecemos a Marisa Ávila, uma terceirense de Santa Bárbara que é, atualmente, instrutora profissional de Zumba, uma vez que se dedica apenas à modalidade. É a nossa profissional.
Todos damos aulas privadas de Zumba, a Marta no ginásio Fit Plus, do hotel Terceira Mar, a Marisa em Santa Bárbara, Altares e Serreta e eu no ginásio da ACM, na canada dos Folhadais. Unidos pela paixão da música, da dança e da Zumba, demo-nos bem os três e decidimos criar o projeto Zumba Street.
Dedicamo-nos à promoção da Zumba em geral, à sua divulgação e à organização de eventos coletivos de Zumba, pela ilha fora, para os quais convidamos frequentemente outros instrutores, como a Sandra Coelho, a Catarina Azevedo ou a Marina Fernandes, por exemplo.
Tentamos contribuir também para a evolução social, no sentido de acabar com alguns preconceitos, como o da Zumba (ou dança em geral) ser uma coisa "mais de mulheres" ou "não ser para gente mais velha" ou ainda "ser só para quem tem jeito". Queremos pôr toda a gente a dançar connosco e a deixar-se contagiar pelo formidável poder da música e da dança. Tento ser um bom exemplo, até porque já tenho 61 anos.

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